1- O que é Testosterona?
2- Quais as suas funções na saúde do homem?
3- O que é síndrome da deficiência de testosterona?
4- Qual a prevalência?
5- Causas e principais fatores de risco;
6- Sinais e sintomas;
7- Tratamento.
1- A testosterona é o principal hormônio masculino. Ela é sintetizada a partir do colesterol e é produzida nos testículos durante toda a vida, desde o primeiro trimestre da vida intrauterina, posteriormente na puberdade, se mantém na vida adulta e também no envelhecimento. Duas áreas no cérebro regulam a sua produção: o hipotálamo e a hipófise.
2- Quais as funções da Testosterona? A testosterona controla o desenvolvimento das características físicas e sexuais masculinas, abaixo algumas de suas principais funções na saúde do homem:
- Participa da produção e maturação dos espermatozoides;
- Possui ação importante na função sexual (libido, ereção e prazer sexual) e em órgãos como: próstata, cérebro, ossos, músculos, pele e cabelo;
- Participa do metabolismo de açucares (carboidratos), gorduras (lipídeos), na função hepática (fígado) e na formação das células do sangue;
- Atua na manutenção da massa muscular e óssea, no humor e na disposição física;
- Melhoras a concentração, a sensação da confiança e a autoestima.
3- O que é a síndrome da deficiência da testosterona?
É uma síndrome clínica resultante de uma falha na produção da testosterona pelos testículos, causada por uma ou mais alterações no eixo hipotálamo-hipófise-testículo. Essa síndrome também pode ser chamada de hipogonadismo, este nome pode aparecer estranho, no entanto, ele significa que o testículo (gônada masculina) está funcionando menos, produzindo menos testosterona, ocasionando sinais e sintomas. Ela pode ser classificada em:
- Hipogonadismo Primário: causas relacionadas ao testículo;
- Hipogonadismo Secundário: causas relacionadas ao hipotálamo ou hipófise;
- Hipogonadismo Tardio: quando a causa é o envelhecimento ou DAEM. (Distúrbio Androgênico do Envelhecimento Masculino)
4- Qual a prevalência?
Essa síndrome atinge cera de: 25% dos homens maduros e 19,8% de homens entre 25 e 75 anos de idade no Brasil.
A prevalência desse quadro aumenta não só com o envelhecimento, mas também diante de comorbidades como obesidade, diabetes e hipertensão, havendo forte associação com a síndrome metabólica.
5- Causas e principais fatores de riscos.
FAIXA ETÁRIA | CAUSA | SINAIS E SINTOMAS |
Crianças – Adolescentes | Genética ou congênita | Puberdade atrasada ou ausente |
Adultos jovens | Adquiridas | Evolução lenta – diagnóstico tardio |
Homens > 40 anos | Envelhecimento | Déficit gradual – Evolução lenta – Sintomas inespecíficos |
São vários os fatores de risco:
Trauma: lesão nos testículos pode afetar a produção de testosterona;
Câncer: tratamento de quimioterapia e radioterapia aumenta risco;
Medicamentos: corticoide e opioide podem afetar a produção de testosterona;
Apneia do sono: piora a qualidade do sono e pode prejudicar a produção de testosterona;
Doenças: parotidite (caxumba), diabetes mellitus, doença pulmonar obstrutiva crônica, insuficiência renal crônica, doença hepática crônica, hiv, câncer de testículo ou hipófise, infecções nos testículos, hemocromatose (acúmulo de ferro);
Obesidade: 25% dos obesos têm níveis baixos de testosterona;
Síndrome metabólica: fortemente ligada ao hipogonadismo;
Sedentarismo e má alimentação: podem contribuir para a síndrome metabólica;
Bebidas Alcoólicas: abuso pode prejudicar a produção de hormônios e as taxas de testosterona.
Estresse: aumenta o nível de cortisol que gera a redução do nível de testosterona.
6- Sinais e sintomas.
O hipogonadismo não afeta a função sexual, mas também memória, raciocínio, músculos, ossos e o coração. Alguns sintomas são: fadiga, redução da libido, disfunção erétil, redução de pelos, aumento da gordura abdominal, aumento da resistência à insulina, alteração do perfil de gorduras no sangue, diminuição de massa e força muscular, risco de osteoporose, prejuízos na cognição, insônia, alteração de humor e depressão.
Obs: O diagnóstico é confirmado através de consulta com médico para avaliar as queixas e também o exame laboratorial para medir os níveis de testosterona no sangue.
7- Tratamento.
Após a avaliação médica, quando o diagnóstico for confirmado e as contraindicações forem descartadas, o tratamento pode ser iniciado. O tratamento pode envolver o uso de reposição de testosterona para normalizar os níveis do hormônio no sangue e reduzir os sintomas. O acompanhamento do tratamento é fundamental, retornar ao médico não só para avaliar os níveis do hormônio novamente, mas para avaliar os sinais e sintomas. Acompanhamento psicológico, bem como mudanças de estilo de vida envolvendo alimentação saudável, atividade física regular, redução de estresse, cessação de tabagismo, bebidas alcoólicas em moderação e boas noites de sono também são fatores coadjuvantes no tratamento da doença.
Lembre-se: faça visitas regulares ao seu médico endocrinologista ou urologista. Ele é o profissional capacitado a diagnosticar e tratar a síndrome da deficiência de testosterona, seus sinais e sintomas (hipogonadismo) e outras condições.
Referências: Dr. Odair Albano CRM 31101/SP – Abril2020 Superafarma